Passei!!! Entrevistamos a aluna Kelly Cristina Martins Braz de Lima, de 19 anos.
Ela estudou um ano no Cursinho da Poli e, com muita garra e dedicação, foi aprovada no curso de História em cinco universidades: USP, Unesp, Unifesp, Unicamp e PUC-SP. No bate-papo, ela nos contou um pouco sobre sua trajetória de pré-universitária no Cursinho da Poli e seu ano de estudos e também deixou um recado para aqueles que estão começando a maratona de vestibulares.
VOX: Em que bairro você mora e com quem?
Kelly: Moro na Vila Anglo Brasileira, com meus pais e irmãos (dois).
VOX: Faça um breve relato sobre seus estudos. Foi aluna de escola pública ou privada?
Kelly: Fui aluna de escola pública a maior parte da minha vida escolar. No ensino médio, consegui uma bolsa de estudos no Sesi, onde fiz muitos amigos e aprendi aos poucos a me adaptar ao vestibular. Como sempre gostei de estudar, meus amigos até me chamavam de nerd, mas, para mim, isso sempre foi uma honra, e não uma ofensa! O gosto pelas artes e meu fascínio pela leitura fizeram despertar em mim o grande amor que tenho por história e pela escola; por isso, foi um ambiente decisivo na minha decisão.
VOX: Quando entrou no Cursinho, qual era a rotina de aulas?
Kelly: Fiz cursinho nos fins de semana, quando ainda estava no 3º ano do ensino médio, mas meu conhecimento era muito limitado; então, não foi suficiente para passar no vestibular que eu queria (USP). Assim que terminei a escola, comecei a fazer outro cursinho – Cursinho da Poli –, no período da manhã. No primeiro semestre, eu ficava o dia inteiro no cursinho, assistindo às aulas de manhã e estudando à tarde, das 13h às 17h, geralmente. No segundo semestre, estudava em casa, também das 13h às 17h, e, aos poucos, fui diminuindo o ritmo de estudo e aumentando o número de simulados e redações que ia fazendo. Em suma, estudei um pouco de tudo, sem deixar a matéria acumular e fazendo o maior número possível de exercícios – para isso, estudava também em apostilas de outros cursinhos.
VOX: Foi a primeira vez que prestou vestibular? Que carreira escolheu?
Kelly: Não, havia prestado uma vez, quando ainda estava no 3º ano do ensino médio; passei na minha segunda tentativa. Escolhi a carreira de história, que sempre me chamou atenção.
VOX: Em quais universidades federais você passou? Foi chamada na primeira fase? Como foi ver seu nome na lista?
Kelly: Como prestei o Enem e usei o Sisu, consegui passar na Unifesp. Não fui convocada na primeira chamada, mas fiquei prestando atenção nas outras chamadas e finalmente vi que meu nome estava lá. Ver meu nome na lista foi uma emoção muito forte, que só conhece quem já passou por isso. Dá uma sensação de dever cumprido, como se o peso que fui acumulando durante todo um ano de estudos intensos tivesse se acabado. Foi incrível!
Ver meu nome na lista foi uma emoção muito forte, que só conhece quem já passou por isso. Dá uma sensação de dever cumprido, como se o peso que fui acumulando durante todo um ano de estudos intensos tivesse se acabado. Foi incrível!
VOX: Voltando ao assunto estudos, como era a sua rotina de estudos dentro e fora da sala de aula?
Kelly: Minha rotina de estudos, confesso, era intensa. Além de não faltar praticamente a nenhuma aula – pois perder uma aula pode ser perder uma questão –, estudava quatro horas por dia e reservava duas horas – à noite, antes de dormir – para ler os livros obrigatórios concentrada e em silêncio. Dentro da sala de aula, eu sempre prestava muita atenção à explicação do professor e anotava não só o que estava na lousa, mas principalmente o que ele falava, pois muitas vezes eles dizem coisas que não estão na lousa e que são importantes.
VOX: Você teve que abrir mão de alguma coisa: momentos com amigos, festas em família? O quê?
Kelly: Tive que abrir mão de passeios com a minha família e meus amigos, festas e muitos fins de semana, que eu dedicava a fazer simulados. No entanto, meu domingo era sagrado!! Era o único dia em que eu não estudava nada, só descansava.
VOX: Qual foi o momento mais difícil, até ver seu nome na lista de aprovados?
Kelly: O momento mais difícil era sempre aquele que precedia o término das provas de 2ª fase, pois, ao ler as correções dos cursinhos, sempre ficava com a sensação de que minhas respostas estavam incompletas. Era horrível!
VOX: Como foi a prova? Você se sentiu preparada quando a viu?
Kelly: Na segunda vez que tentei, fui fazer todas as provas muito tranquila, pois já conhecia bem meu “inimigo”. Depois de ter feito 45 redações e pouco mais de 20 simulados, eu praticamente conhecia os conteúdos que seriam cobrados. Isso ajudou muito!
VOX: Você pode dar uma dica para quem vai começar essa maratona de estudos? O que recomenda?
Kelly: Para um estudante pré-universitário, o vestibular torna-se o principal foco, e conhecê-lo é muito importante. Eu não recomendo se dedicar apenas às matérias em que a pessoa tem mais facilidade e/ou dificuldade; tem que estudar de tudo um pouco, com o mesmo carinho e dedicação. Fazer exercícios (muitos), tirar dúvidas constantemente, estudar num ambiente calmo, anotar o máximo do que o professor disser e, principalmente, tirar um dia da semana para descansar, são minhas dicas para quem está entrando nessa maratona. No fim, vai valer muito a pena!