Depois de redação e quatro provas com um total de 180 questões, enfim o Enem terminou neste domingo (12). A maratona do vestibular, entretanto, ainda envolve horas de exames pela frente.

Com o Enem sendo realizado em dois domingos a partir deste ano, vestibulandos que tentam vaga nas principais universidades públicas de SP terão todos os finais de semana do mês de novembro comprometidos com provas.

Nesta quarta (15), já tem o vestibular da Unesp. Nos próximos dois domingos (19 e 26), é a vez de Unicamp e Fuvest, respectivamente. Uma sequência que configura para estudantes, além de testes de conhecimentos, uma verdadeira prova de resistência.

Para o vestibulando Valdemir de Carvalho dos Santos, 21, a via sacra de processos seletivos vai representar mais de 37 horas de provas. Além dos exames do Enem, USP, Unesp e Unicamp, ele presta os vestibulares da Famema (Faculdade de Medicina de Marília) e Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) -ambas também são públicas estaduais.

“Isso gera muita pressão”, diz ele. “Prova é como se fosse uma atividade física, um esporte de competição, em que você está concorrendo com outras pessoas muito preparadas”, complementa.

Em busca de uma vaga no concorrido curso de medicina, o estudante é oriundo de escola pública. “Cada prova exige dedicação diferente, porque são exames com características próprias.”

A rotina de estudos tem sido pesada, o que, avalia, funciona como preparo de resistência. Ele mora em São Bernardo. Acorda às 4h30 para ir ao cursinho, na região central da cidade. Só chega em casa depois das 23h.

Neste ano, percebeu o quanto estar descansado na véspera pode fazer a diferença. “Nos últimos anos ficava estudando e percebi que isso não dava muito certo, me deixava muito nervoso. Neste ano, investi no descanso.

No dia antes da prova, vou ao shopping ou ao parque e, à tarde, fico em casa de boa.”

Para Edmilson Mota, a prioridade agora é o psicológico e o motivacional. Ele explica: “Não vai ter tanto tempo para estudar. E tem que tentar desvincular uma prova da outra.” Correr ou até meditar está entre as atividades da estudante Beatriz Aires Lopes, de 18 anos, aluna do Cursinho da Poli,para aguentar esse período e “liberar o nervosismo”. Além do Enem, ela prestará Unesp, Unicamp e USP.

Quer cursar Ciências Biológicas. “A mente tem que estar relaxada para ter concentração. Acredito que o que era para ter estudado, já foi”, diz ela, que está no 2º ano do Cursinho da Poli. Entre uma prova e outra, sua estratégia é focar em algumas revisões, “mas com tranquilidade”




“Esse espaço entre as provas tem que ser mais dedicado a rever pontos importantes, com aqueles temas que escolas e cursinhos já mapeiam que caem mais na prova”. Sofia Fonseca, 17, que vai fazer um vestibular por semana neste mês, diz dedicar seu tempo aos mais desejados. “O Enem não era minha prioridade. Nas próximas semanas, vou prestar FGV e Fuvest”.

Se tudo der certo para os estudantes, a maratona continua no início do ano que vem. Os vestibulares da USP, Unicamp e Unesp, por exemplo, têm provas de segunda fase, que vão acontecer em janeiro. “Estou tão focado em passar. Nem penso em férias”, diz Valdemir Santos.

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