As mudanças feitas pelo Ministério da Educação (MEC) nos dias de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e na divisão das disciplinas por dia de prova foram comemoradas por estudantes que já fizeram a avaliação em outros anos ou que vão estrear nesta edição.
“Dois dias seguidos de prova era muito puxado”, disse Higor Souza da Silva, de 18 anos, que fará o Enem pela terceira vez neste ano, a primeira tentando uma vaga no curso de Geografia. Para ele, a realização do exame em dois domingos, em vez de um único fim de semana, deixará o maior processo seletivo do País “menos cansativo”.
Com desejo de cursar Psicologia em uma universidade pública, Stephanie Santos, de 18 anos, acredita que o intervalo de uma semana entre as duas provas (5 e 12 de novembro) vai permitir, além do descanso, um prazo maior para se dedicar às matérias de exatas, seu calcanhar de Aquiles, que ficaram na prova do segundo domingo. “Melhora muito, com certeza. Antes, não tinha nenhum dia para se recuperar. Agora, vai dar para descansar e até estudar mais um pouco as matérias que tenho mais dificuldade”, afirma ela, que no ano passado fez o Enem como treineira.
Com a mudança, Redação e Matemática passam a ser aplicadas em dias diferentes, com uma hora a mais de prova no dia da dissertação. “Acho que o pessoal vai ficar menos nervoso com uma semana a mais”, disse Fernanda Castelhano, de 16 anos, que estreia neste ano.
O diretor do Cursinho da Poli em São Paulo, Gilberto Alvarez, alerta, porém, para o risco dos estudantes deixarem para estudar nesta “semana a mais” as matérias que menos dominam. “Não dá para aprender em uma semana aquilo que não estudou o ano inteiro. É bom para ‘desestressar’.”