O vestibular de 2019 da Unicamp terá mudanças significativas. O conselho universitário da instituição (Consu) aprovou propostas para implementação de cotas étnico-raciais, abertura de vagas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), novas cadeiras para candidatos que se destacarem em olimpíadas de abrangência nacional e a criação de um vestibular indígena obrigatório a partir de 2021.

Segundo o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, é um passo para fazer com que a sociedade se veja representada na instituição. Para ele, a universidade avançou ao estabelecer novas formas de ingresso e reforça a importância da manutenção dos estudantes que entrarem a partir das mudanças. “Daremos início a uma nova etapa, que incluirá a criação da Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade, instância que cuidará de questões como acompanhamento e permanência estudantil, e a elaboração dos respectivos editais”.

Enem e cotas étnico-raciais

Segundo a proposta aprovada, serão destinadas 668 vagas nos 70 cursos de graduação para estudantes que prestarão o Enem. Ao contrário de outras instituições, as vagas não serão oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), mas por um edital próprio da Unicamp.

Das cadeiras ofertadas pelo exame nacional, 10% serão reservadas para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública, 5% para alunos da rede pública e que sejam autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPIs) e 5% para os demais PPIs.

No vestibular tradicional e organizado pela Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), serão ofertadas 3,3 mil oportunidades em 70 cursos de graduação, dessas vagas, 15% serão preenchidas por quem se autodeclarar preto ou parto no momento da inscrição.

Vestibular indígena

Outra mudança anunciada pela instituição envolve a criação de um vestibular indígena obrigatório a partir de 2021. O sistema de ingresso será facultativo em 2019 e 2020 e poderá ser feito por meio vagas não preenchidas na primeira chamada ou cadeira extras.

Destaques em Olimpíadas

Também aprovada pelos conselheiros, será criado um sistema de vagas extras para destaques em olimpíadas de abrangência nacional. O número de oportunidades aumentará em até 10% por curso, e a expectativa da instituição é que tenham 170 vagas para esse grupo.

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