Professor Giba Alvarez comenta sobre o Enem Digital a Folha Online. Confira a matéria completa.

Isabela Palhares
SÃO PAULO

Aposta do Ministério da Educação para modernizar a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a versão digital da prova não será ampliada na próxima edição. Ao contrário do que previa o plano inicial do MEC, o Enem Digital 2021 não terá a ampliação da oferta de vagas para os candidatos que desejam fazê-lo no computador –foi mantido o mesmo número da última edição, de 101 mil. Também não haverá a aplicação em mais de uma data, como havia sido anunciado.

O Inep, órgão responsável pela aplicação da prova, e o MEC foram questionados sobre por que abandonaram o plano de expandir gradualmente a versão digital, mas não responderam. O planejamento previa a expansão anual até 2026, quando a versão em papel seria extinta.
No último exame, em janeiro deste ano, foi feito o projeto-piloto do Enem no computador. Com projeção de custo quase quatro vezes superior ao da prova em papel, a primeira edição digital teve a maior abstenção já registrada no exame.
A versão digital do Enem 2020 teve abstenção de 71,3% –índice bastante superior ao da versão impressa, que foi de 55,3%.

“Se a prova é no mesmo dia, com as mesmas questões, não há nenhuma vantagem ou incentivo ao aluno para testar esse novo modelo. Até porque há um receio do candidato de ter alguma falha com a tecnologia usada”, diz Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli.



A aplicação da prova em computador já era estudada por gestões anteriores, ao menos desde o governo Dilma Rousseff (PT), por dar mais segurança ao exame e pela redução de custos ao exigir uma logística menos robusta do que na versão em papel.

Outra vantagem do formato era a possibilidade de realizar o exame mais de uma vez ao longo do ano, diminuindo a pressão sobre os estudantes e descartando a necessidade de mobilizar mais de 5 milhões de candidatos em uma única data.

Sem conseguir ampliar a versão digital, o Inep mantém os altos custos da prova, dificulta a logística por ter de contratar dois tipos de serviços para a aplicação e não garante os potenciais benefícios do exame em computador.

“O Enem pode e deve mudar, a tecnologia traz diversas possibilidades e facilidades. Mas, no formato em que a prova digital está sendo feita, esses benefícios estão sendo perdidos”, diz o professor Francisco Soares, ex-presidente do Inep.


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