Você com certeza já imaginou como seria a sua vida, se morasse ou tivesse nascido em outro país. Mas e o vestibular, como seria? Já parou para pensar ter que responder às questões oralmente? Ou ser entrevistado por alguém para concorrer à tão disputada vaga?

Confira a forma de ingresso à universidade em sete países:

Chile

Prueba de Selección Universitária (PSU) é bem parecida com o Enem. A prova é aplicada desde 2003, em substituição ao Sistema de Ingresso à Educação Superior (SIES), e é formada por quatro testes, dois são obrigatórios: um de línguas e comunicação, outro de matemática. Quanto aos outros dois, eletivos, são compostos por: um de história de ciências sociais e o outro de ciências (composta por física, química e biologia).

A PSU foi criada para unificar o processo seletivo nas universidades, entretanto cada universidade dá pesos diferentes aos resultados da prova. As notas da escola secundária também valem no processo de seleção.

China

Gaokao”, o exame de admissão na China, é muito similar à prova aplicada no Brasil, e os estudantes também fazem no fim do ensino médio. O conteúdo é mecânico e de memorização, e se divide em questões de chinês, língua estrangeira, matemática e uma quarta matéria, que depende do curso escolhido.

Como o Gaokao é, na maioria das vezes, a única oportunidade dos jovens chineses adquirirem um diploma e conquistarem um trabalho, a prova é levada muito a sério. Os templos religiosos lotam à véspera do vestibular, e alguns locais de prova proíbem atividades de entretenimento em um raio de 500 metros, preservando o silêncio.

Como é a única maneira de se conquistar um emprego valorizado, o vestibular na China é causa de muita pressão nos jovens, fazendo com que alguns se oponham ao formato da prova.

Coreia do Sul

O dia do vestibular na Coreia, conhecido como Suneung, é tão importante socialmente que não garante só o trabalho e o salário que o jovem vai ganhar pelo resto da vida, mas também outras coisas como, por exemplo, um bom casamento. Por sua importância, o país para no dia dos exames.

As empresas, o comércio e até a bolsa de valores iniciam as atividades com uma hora de atraso, para que os alunos possam chegar até os locais de prova sem atraso. O transporte público também é agilizado, e mais: os aviões também atrasam os vôos para que haja silêncio aos estudantes.

O objetivo de todos os alunos é entrar no “clube SKY” (iniciais das três melhores universidades da Coreia: Universidade Nacional de Seul, Universidade da Coreia e Universidade Yonsei). Estudar nessas universidades garante oportunidades de trabalho em empresas como Samsung, Hyundai ou LG.

Espanha

Após concluir a Educação Secundária Obrigatória (ESO), o aluno pode se inserir no mercado de trabalho, fazer um Curso Técnico de Grau Médio (voltado para alguma profissão) ou optar por seguir os estudos na universidade. Se escolher a terceira opção, ele terá que fazer oBachillerato, que corresponde aos dois últimos anos do Ensino Médio no Brasil.

 O currículo escolar tem matérias comuns a todos os alunos, e matérias específicas, de acordo com a área do curso que o aluno pretende fazer, esses conteúdos preparam o aluno para a selectividad, que é uma espécie de vestibular, sendo que o conteúdo varia de acordo com a carreira escolhida.

Estados Unidos

O SAT (Teste de Aptidão Escolástica, na sigla em inglês) apresenta questões sobre três assuntos: matemática, leitura crítica e redação. O exame se parece muito com o vestibular do Brasil, entretanto é a mesma prova que vale para todas as universidades dos EUA.

O resultado não é garantia de entrada nos cursos universitários. Cada instituição tem seu critério, e muitas vezes, ele é trabalhado de forma subjetiva. Questões como intercâmbio, histórico escolar, trabalho voluntário, atividades extracurriculares também podem contar. Algumas instituições também entrevistam os candidatos individualmente.

França

Baccalauréat (le Bac) é feito após a conclusão do ensino médio e cobra conhecimentos variados, de acordo com o curso que o estudante escolher. Na França, o acesso à universidade é garantido a todos, assim, a entrada no curso superior é apenas uma formalidade. Entretanto, o difícil é se manter nos cursos, as universidades francesas têm apenas 30% de aprovação anual por desistência e reprovação.

Além das universidades, os estudantes também podem optar por celas Grandes Escolas, que focam mais no mercado de trabalho, diferente das faculdades, que prezam pelo conteúdo acadêmico. As Grandes Escolas têm o conteúdo focado nas áreas de engenharias, negócios e artes.

Itália

Já imaginou responder às questões dos vestibulares de forma oral? Na Itália é assim, a maioria das vezes! Mas só para os cursos mais concorridos, como Arquitetura, Medicina e Odontologia. Em outros casos, basta possuir o diploma de conclusão de ensino médio (secondaria di secondo grado).

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