Além de ser um dos físicos mais importantes e conhecidos no mundo, Stephen Hawking foi um exemplo excepcional do que é ser cientista. Morreu aos 76 anos e deixou um legado fundamental e único para a divulgação científica ao abordar temas como a origem do universo e suas infinitas possibilidades. Hawking também é uma figura emblemática em fazer previsões sobre o futuro do nosso planeta e da humanidade – o que nos faz refletir sobre o que estamos fazendo no presente.
O nosso professor de física, Francisco Flavio, ressalta: “Ele teve o privilégio de contrariar suas próprias teorias, dando o exemplo extremo do método científico e também de humildade”. Uma dessas reviravoltas foi a respeito de suas afirmações sobre buracos negros. “Antes, sua definição era que, de certa forma, eles engoliam toda a matéria ao seu redor, inclusive radiação, dando possibilidade para uma espécie de travessia a outros universos. Ele mesmo negou essa teoria. Na verdade, buracos negros reemitem uma parcela da matéria absorvida em forma de radiação – e essa nova ideia é o que a gente conhece hoje como Radiação Hawking”, explica Flavio.
A respeito do futuro, Hawking não é muito otimista. “O que se dá principalmente pelo consumismo na contemporaneidade e a forma como lidamos com recursos naturais e o crescimento populacional”, complementa o professor. “Ele acreditava que precisamos buscar por novos lugares fora da Terra para a sobrevivência da humanidade, pois, no ritmo que estamos, podemos entrar em extinção aqui.”
Stephen Hawking também era, acima de tudo, uma pessoa carismática. Referência em diversos produtos culturais e de entretenimento, como filmes e séries de TV, o físico se tornou um ícone com uma imagem ímpar.
Aos vestibulandos e futuros cientistas, vive a inspiração. Ao mundo, vivem as transformações causadas por suas descobertas.