A celebração do Dia Internacional da Mulher remonta a diversos acontecimentos históricos. Esta data específica, porém, lembra a grande greve das operárias de tecelagem russas promovida em 8 de março de 1917.
Elas protestavam não só por melhores condições de trabalho, mas também contra a fome, contra o Czar Nicolau II e contra a participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial.
Foi na II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, em 1910, a primeira proposta de instituir uma “comemoração anual de mulheres”, nas palavras de sua idealizadora, a alemã Clara Zetkin, operária militante e membro do Partido Comunista Alemão. Mesmo assim, levaria décadas, para, finalmente em 1975, a ONU instituir o 8 de março como Dia Internacional da Mulher.
A cada ano, portanto, essa data lembra as lutas das mulheres pelos seus direitos e pela busca da igualdade entre os gêneros. Apesar de estarem qualificadas e haver um conjunto de leis que as protegem, existe um machismo cultural que inferioriza as mulheres, desqualificando-as quando resolvem atuar na política, menosprezando suas competências e valores no mundo do trabalho, criminalizando-as e impedindo que tomem suas próprias decisões.
Essa luta chegou, inclusive, aos vestibulares. O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2015, por exemplo, abordou pontos importantes desse movimento. Além do tema da redação (“A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”), a célebre frase da filósofa Simone de Beauvoir (“Não se nasce mulher, torna-se mulher”) é citada em uma questão sobre as lutas feministas da metade do século XX.
O que confirma a relevância cada vez maior e necessária para este tema.