O programa é voltado à inclusão social pela educação e prepara os(as) reeducandos(as) para vestibulares, ENEM, ENCCEJA e demais processos seletivos.
Já estão em andamento as aulas do Projeto “Cursinho da Poli PPL”, realizado por meio da parceria entre a Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” – Funap, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e o Cursinho da Poli.
“O projeto abrange quatro unidades prisionais com possibilidade de outras unidades em breve e com 50 vagas, 50 bolsas de estudos para essas pessoas privadas de liberdade, na modalidade EAD offline para todo sistema prisional” informa Marcos Godoy.
No total, 50 alunos(as) acompanham as aulas na modalidade Ensino à Distância (EAD) assíncrono (offline) nos CDP II “ASP Paulo Gilberto de Araújo” de Chácara Belém, CPP Feminino “Dra. Marina Marigo Cardoso de Oliveira” do Butantan, CPP Feminino de São Miguel Paulista e Penitenciária I “José Parada Neto” de Guarulhos. Dessa forma, é possível garantir o acesso ao conteúdo e minimizar os impactos da pandemia da COVID-19 na preparação dos(as) reeducandos para provas importantes. Além disso, o formato EAD permite que mais alunos(as) tenham a oportunidade de participar das aulas.
“A oportunidade de estar estudando em uma unidade prisional é única, então a educação ela transforma ela muda o ser humano. Eu aprendi, não só as matérias né, física, matemática, química, inglês, português…mas também a gente aprende que nós podemos trabalhar em grupos e sermos referência para outras pessoas através do ensino.” [reeducando]
Para o Diretor Executivo da Funap, Henrique Pereira de Souza Neto, “O contexto da pandemia trouxe muitos desafios, mas foi nesse cenário adverso que nos reinventamos e inovamos. Com o formato EAD foi possível expandir o número de alunos atendidos sem comprometer a qualidade do conteúdo ensinado”.
“A pandemia trouxe para nós um grande desafio, então nós elaboramos um sistema pedagógico, ele é a distância Off, sem perder as nossas essências. Não é só assistir à aula mas ter um material físico à disposição, é ter as avaliações e principalmente os mecanismos onde os estudantes podem tirar as suas dúvidas”, comenta Gilberto Alvarez, Diretor Executivo do Cursinho da Poli.
Baseado na aprendizagem autogerida, o curso tem carga horária de 288 horas, ministradas em 4 horas diárias, e é direcionado às áreas do conhecimento de Ciências Humanas e Exatas. Cada aluno(a) recebe um total de 7 apostilas: duas teóricas, dois cadernos de redação e três de revisão. As dúvidas são encaminhadas ao tutor Cursinho da Poli, que retorna com os esclarecimentos necessários a cada questionamento enviado.
“Isso é uma grande fonte de esperança para um futuro melhor para nós que estamos sendo reeducados aqui. Antes do curso em si eu não pensava em fazer uma faculdade, mas agora com toda a preparação que a gente tem se houver a oportunidade eu gostaria de prestar o vestibular.” [reeducando]
As aulas vão até dezembro e, além do conteúdo a ser estudado, os estudantes também contarão com a realização de avaliações, simulados e redações, garantindo qualificação e capacitação profissional e estimulando a emancipação por meio da educação. “É uma preparação de educação que sirva, não só para o ingresso no Ensino Superior mas também para o mundo do trabalho” complementa o prof. Giba Alvarez.
O projeto faz parte do Programa de Formação em Nível Superior no Sistema Prisional (PROFENS), iniciativa da Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” – Funap, que tem como objetivo viabilizar o acesso das pessoas privadas de liberdade a cursos de Ensino Superior.
“Porque a educação realmente ela transforma, ela muda a pessoa.” [reeducando] .
