A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) é uma instituição autônoma que realiza os exames vestibulares de escolas de nível superior do Estado de São Paulo. É porta de entrada para a USP (Universidade de São Paulo) e para a FCMSC-SP (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo). Já se passaram 40 anos desde a primeira prova aplicada para os candidatos tentarem ingresso na instituição de Ensino Superior mais cobiçada do país!

Criada em 20 de abril de 1976, a Fundação foi inicialmente pensada para unificar o processo de entrada na USP, Unesp e Unicamp – o que ocorreu até 1983, mas a primeira prova aplicada foi no ano seguinte, em 1977. Naquela época, 92.461 candidatos se inscreveram e 4.516 pessoas trabalharam no processo seletivo. Devido ao sucesso do primeiro ano, várias faculdades procuraram a Fuvest para que ela realizasse suas seleções. Em 1979, a Fundação chegou a atender e realizar o vestibular de 17 diferentes instituições de Ensino Superior.

No começo, o Conselho Curador decidiu como seria o processo seletivo, que era um pouco parecido com o que ocorre hoje: uma primeira fase de provas objetivas, comuns a todos os candidatos, e uma segunda fase com uma prova de aptidão, além de redação. Essa seleção final contava com proporção de três candidatos por vaga.

Ao longo dos anos, o vestibular passou por algumas mudanças estruturais. Em 1994, por exemplo, foram incluídas questões de Conhecimentos Gerais. Em 2011, houve algumas alterações bruscas, que têm sido vigentes até o atual momento: a nota da primeira fase passou a contar na nota final (antes, para efeito de classificação, contava apenas o desempenho na segunda fase); reduziu-se o número de questões (de 20 para 16) no 2º dia de prova da 2ª fase; após a 3ª chamada de aprovados, candidatos reprovados em suas carreiras de eleição podem manifestar interesse por postos ociosos em quaisquer carreiras; entre outras.

A redação, que sempre foi exigida, já apresentou temas, obras e autores variados. Sempre foram cobrados dos candidatos posicionamentos sociais, filosóficos e alguns pedidos bem inusitados, como o da redação de 1983, em que os estudantes precisaram escrever uma história cujo final fosse o anúncio: “vende-se uma motoca”.

O autor mais citado na prova foi o poeta Carlos Drummond de Andrade,que teve suas obras usadas em cinco exames diferentes, e ainda aparece numa entrevista usada como fonte em outra prova. Todo ano é cobrada do candidato a leitura de obras obrigatórias – inclusive, já estão definidas as listas de livros para 2018 e para 2019.

Considerado um vestibular difícil e exigente, durante esses 40 anos ter passado por ele foi um dos maiores desafios da vida de muitos brasileiros – daqueles que ocasionaram muito esforço e, diversas vezes, uma grande conquista!


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