As ciências são complexas e cheias de interdisciplinaridade, às vezes usando um conhecimento para ajudar em outro. A medicina, por exemplo, pode ter respostas para problemas socioculturais, ou a biologia e a química podem se juntar para fornecer um avanço na indústria têxtil.
Essas e outras curiosidades fazem parte do noticiário científico da semana, e estão aqui reunidas para quem se interessa por alguma dessas áreas – ou se só quer se inteirar das novidades do mundo para os vestibulares.
Vacinação de gado no Quênia aumenta frequência escolar de meninas
Pode parecer uma relação de causa e consequência estranha, mas pesquisas confirmaram: a vacinação de gado no Quênia melhora a educação da população. O professor Thomas Marsh, da Universidade do Estado de Washington, entrevistou centenas de criadores, e percebeu que aqueles que vacinavam seus animais tinham um aumento significativo na renda anual. Como as famílias, mesmo aquelas com falta de recursos financeiros, normalmente priorizam a educação dos filhos homens, a renda extra, em vários casos, foi revertida em investimentos na educação das filhas.
Bichos-da-seda + grafeno = superseda condutora
Cientistas conseguiram desenvolver uma variação muito especial da seda, bem mais resistente que a normal e capaz de conduzir eletricidade. Esse foi o resultado de alimentar bichos-da-seda com folhas borrifadas com uma solução de grafeno, uma forma cristalina do carbono repleta de possíveis usos nos campos da energia, da medicina, dos eletrônicos e outros. No caso da seda superforte, aplicações podem variar de tecidos “inteligentes” a roupas que mostram a tensão e a pressão aplicadas em áreas do corpo durante atividades físicas.
Nossas cientistas são o máximo! Parte 2
A brasileira Celina Turchi, especializada em doenças infecciosas, foi reconhecida como uma das dez cientistas mais importantes de 2016. Arevista “Nature” a citou por sua pesquisa que detalha a relação entre a microcefalia e o vírus da zika. Para buscar evidências suficientes para seu estudo, Celina contatou cientistas do mundo todo, incluindo especialistas em epidemias, doenças infecciosas, pediatria, neurologia e reprodução.
Medicamento para Alzheimer substitui restauração dental
A ciência às vezes encontra soluções para um problema ao tentar resolver outro. Um medicamento chamado Tideglusib, desenvolvido para tratar pacientes com doença de Alzheimer, teve um efeito inusitado: estimular a produção de dentina, tecido que fica abaixo do esmalte do dente. Em outras palavras, pode ser um tratamento efetivo para cáries e outros problemas dentários, substituindo as restaurações, que podem gerar infecções e necessitam de novas implantações ao longo da vida.
Apocalipse zumbi poderia acabar com a humanidade em 100 dias
Quem acha que a série The Walking Dead está enrolando demais está cientificamente certo. Uma pesquisa de estudantes de física da Universidade de Leicester (Inglaterra) estimou que, após 100 dias de um apocalipse zumbi, apenas 300 humanos restariam vivos e não infectados. Para chegar a esse número, o grupo usou um modelo de epidemiologia que descreve a difusão de uma doença contagiosa pela população. Já o Ministério da Defesa inglês é mais esperançoso, afirmando que já traçou uma linha de ação para enfrentar um apocalipse dessas proporções.